Todo Dia

e por Jéssica Milena 

Título: Todo Dia
Título original: Every Day
Autor(a): David Levithan
Editora: Galera record
Tradução: Ana Resende
Ano: 2013
Número de páginas: 280

Sinopse: Toda manhã, A acorda em um corpo diferente, em uma vida diferente. Não há qualquer aviso sobre quem será ou onde estará em seguida. De menina a menino, rebelde a certinho, tímido a popular, saudável a doente; A precisa se adaptar.

     Já se acostumou com isso e até criou algumas regras para si. Primeira: nunca se apegar; segunda: jamais interferir. E tudo corre bem... até que A desperta no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon.

     A partir desse momento, as regras pelas quais tem vivido não fazem mais sentido. Porque, finalmente, A encontrou alguém com quer ficar, dia após dia, todo dia. Mas como esperar que uma pessoa que sempre viveu uma vida normal possa entender a realidade de A? Ou até mesmo acreditar nela?

     Enquanto lutam para se reencontrar a cada 24 horas, ambos precisam enfrentar seus próprios demônios, superar suas limitações e redefinir suas prioridades. Rhiannon conseguirá ficar com alguém que muda a cada dia? E até onde A acha justo (o ético) interferir nas vidas de quem habita? Mas, principalmente, o amor pode mesmo vencer qualquer barreira? 

Opinião da Bárbara e da Jéssica 

   
      Escrever resenha de um livro como esse dá muito medo! Muuuuuuito medo! Porque foram sentimentos tão únicos que é extremamente difícil colocar em palavras. Mas iremos tentar! Hoje começa uma maratona de postagens sobre o livro. Fizemos uma apresentação da semana aqui!

     Toda manhã, A acorda em um corpo diferente, em uma vida diferente. Menino ou menina, gay ou hétero, saudável ou doente, pobre ou rico, gordo ou magro, alto ou baixo, drogado ou deprimido, vaidoso ou humilde, nada disso importa, ele precisa se adaptar. Por isso, ele é uma pessoa sem rótulos, preconceitos e não são questões biológicas que o define. 

     Não digo "o A" nem "a A" pois ele não tem um gênero definido. As pessoas em que habita tem sempre a mesma idade que ele. No momento, 16 anos. A se impôs duas regras, a primeira é jamais interferir no corpo que está e a segunda é nunca se apegar ás pessoas que fazem parte da vida do corpo hospedeiro. Até conhecer Rhiannon, uma garota pela qual ele se apaixonou intensamente e faz de tudo para revê-la todo dia. Ela é a única pessoa que ele teve coragem de contar seu segredo. Seu amor nos comove de uma maneira grandiosa em todo o livro.

   Esse amor pode ser uma salvação, pois ele finalmente encontrou alguém, depois de tantos anos literalmente sozinho. É claro que esse sentimento nutrido por Rhianoon irá causar grandes impactos em sua vida, ele acaba quebrando seus próprios princípios, pois interfere na vida dos corpos que habita por 24 horas. E sempre haverá aquela dúvida: quem será que A vai ser amanhã?

     A narração é em primeira pessoa e tem uma leitura bem rápida, mas que te deixa meio anestesiado até dias após acabar de ler, digerindo todos os ensinamentos do autor. A letra é média e os capítulos começam com o número do dia em que ele está vivendo, como por exemplo, "Dia 5.994", o dia em que a história se inicia. A tradução e edição foram muito bem feitas, pois conseguimos ler claramente tudo que o autor nos quer passar. A história não tem nada de clichê e nos surpreende a cada página.  É envolvente, apaixonante e extremamente boa de ler.

     Há apenas três personagens fixos, ou seja, que participam da história mais que um dia. O personagem principal, A, é muito fácil de se identificar, pois ele retrata muito bem nossos sentimentos. Consegue fazer com que o leitor se sinta ligado a ele, torcendo a cada minuto para que ele seja feliz. Rhianoon é uma garota como qualquer outra, que tem defeitos e comete erros, e isso nos mostra que qualquer pessoa pode ser amada, independente do seu jeito de ser. E, finalmente, Nathan, um garoto nerd que é habitado por A em um dia, que repercute na história de maneira significativa. E ao mesmo tempo que odiamos ele, nós conseguimos entender seu lado ao longo do livro.  

    Todo Dia é uma verdadeira obra-prima, pois trata de diversos assuntos de forma muito profunda. é uma experiencia maravilhosa. É realista, espiritual, reflexivo e inspirador. Uma lição de vida que todos deveriam ler.

                                                                                                                                                                                                                                    

    O livro Todo Dia nos deixou uma impressão bem parecida, concordamos com quase tudo. Menos com dois tópicos: a capa e o final. 

Jéssica: Meu ponto de vista é um pouco diferente de todas as resenhas e comentários sobre o livro. A capa não me chamou atenção, pois não gostei muito da cor. A única coisa que gostei foi o título e o nome do autor que estavam em alto relevo. Eu amo auto relevo! O final foi um pouco mais complexo do que eu imaginava. O livro todo não criei expectativa nenhuma sobre como aquela história iria terminar. Mas ao ler as últimas páginas senti um ódio imenso do autor. Porém, a mensagem que ele passou é realmente linda e nos faz pensar. E 5 páginas não estragaram o que as 272 me proporcionaram. 

Bárbara: A capa me chamou atenção logo que eu vi. Me fez ficar mais ansiosa para lê-lo. Achei tudo a ver com o livro e passa bem a ideia da troca de corpos. Eu AMEI o final, o autor não teve medo de arriscar, eu não esperava que aquilo acontecesse, e ele me fez perceber o quanto eu estava envolvida com as personagens. O final é bem real, e me fez amar ainda mais o livro pela genialidade do autor.

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