sábado, 8 de fevereiro de 2014

A Culpa é das Estrelas

Título Original: The Fault In Our Stars
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Tradução: Renata Pettengill
Ano: 2012
Número de Páginas: 286
Sinopse: Hazel é uma paciente terminal. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhida bastante - o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos -, o último capítulo da sua história foi escrito no momento do seu diagnóstico. Mas em todo enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.



Atenção: Em algum momento após o terceiro parágrafo contém spoilers. Peço desculpas desde já, mas é que um livro como esse tem que ser analisado por seus diversos detalhes. Não posso diminuí-lo a ponto de escrever uma resenha superficial qualquer. Por isso se ainda não leu e está procurando uma resenha sem spoilers... desculpe meu amigo, mas não vai ser aqui que vai encontrar.

Opinião da Jéssica

O primeiro livro que li do John Green foi Cidades de Papel e ele foi dividido em três partes, todas completamente diferentes (obviamente, Jéssica.. senão fossem diferentes não haveria divisão). Gostei de todas! John Green já era um gênio quando fez seu primeiro livro. Mas uma parte gostei mais que outra, entende? Em A Culpa é das Estrelas ele não fez essa divisão, porém eu mesma as percebi como se fossem linhas imaginárias. E eu me apaixonei pelo livro do mesmo jeito que Hazel se apaixona pelo Augustus: "... gradativamente e de repente, de uma hora para outra."
A Parte 1 vai até a página 184 e sinceramente?, eu detestei. Pra mim, o casal da história ficou apenas sendo amiguinho e conversando sobre o câncer, me fez ficar com pena e ódio do John Green por não saber escrever um romance narrado por uma mulher. Odiei o autor de Uma Aflição Imperial (acho que todo mundo odiou não é?). Não consegui me conectar tanto com Hazel (Eu felei disso nesse post aqui!). Não sei o que aconteceu. Gostei do seu humor sim, mas até a primeira parte eu não consegui gostar muito dela. Mas eu gostei muito do Augustus (ou Gus)! Ele é engraçado, de bem com a vida e eu queria ter uma amigo como ele. Amei o Isaac também! Um cego de coração partido. Ele é hilário!
A Parte 2 foi a que me fez amar e odiar o livro ao mesmo tempo. Começa na página 185 (nunca mais vou me esquecer desse número!) e me deu muita raiva do John Green por me fazer esperar 185 páginas para ver o começo do romance dos dois! E esse romance lindo sem problema nenhum... livre da realidade dolorosa dos dois só durou 8 páginas! Sabe o que é isso? Você finalmente consegue ficar com o amor da sua vida e a sua felicidade só durar 8 páginas? Foi cruel! Muito cruel!
Spoiler a partir daqui!
Quando me diziam que o John Green mata o personagem preferido de A Culpa é das Estrelas eu pensava: Peraí.. a Hazel é o personagem preferido desse povo?. Eu ficava sem entender... até a maldita Parte 2! Qual é?! O Gus? Poxa, o cara mais legal do livro, que mais amava viver.. simplesmente morre? Fala sério! Mas essa parte não é de toda ruim. Deu para despedir do Gus feliz. E do Gus triste também. Deu para ver Hazel cuidando e fazendo-o rir. Deu para começar a gostar da Hazel. E deu para me emocionar com o fim da vida literária de um garoto literário que eu queria muito que fosse real. Deu para rir do elogio fúnebre de Isaac e me emocionar com o de Hazel. A segunda parte termina assim... Hazel lendo seu triste texto para seu namorado moribundo.
A Parte 3 é a parte Pós Augustus. E por mais triste q seja o livro sem o Augustus.. foi a parte que mais gostei. Porque focou na Hazel.. e no luto dela. O livro ficou mais filosófico e triste. O final não foi lá grandes coisas, mas o último parágrafo foi lindo! E eu ainda dei gargalhadas na parte em que Hazel vai até a casa de Isaac e os dois ficam falando com o vídeogame de cego.
Enfim... A Culpa é das Estrelas é frustrante, melancólico, triste, filosófico e cheio de Alegrias Dolorosas. E foi por isso que gostei dessa história... por causa das Alegrias Dolorosas. Gosto de ver como a vida pode ser cruel e linda ao mesmo tempo. Acho que foi por isso que me identifiquei mais com o Gus, sabemos como apreciar cada detalhe da vida. Mas também temos que dar atenção ao universo e ao que ele prepara para a gente. Porque "alguns infinitos são maiores que outros..." e não podemos deixar de apreciar os números limitados de pessoas como Hazel Grace e Augustus Waters.

Estrelinhas

Opinião da Bárbara


(Invadindo a resenha da Jéssica) Diferente dela eu AMEI todo o livro do começo ao fim. Eu amei o romance dos dois, eu amei o jeito com que o John Green lida com o câncer, amei as metáforas, todos os personagens, enfim, foi um dos meus livros preferidos até hoje. O autor soube me surpreender muito bem, pois nunca imaginei que aquele seria o final do livro. Além disso, me emocionei muuuito com o rumo da história e foi nesse livro que percebi o quanto podemos nos apegar e apaixonar por pessoas que não existem. Acreditei tanto que a história era real que foi como se eu tivesse perdido alguém próximo de mim.
Achei muito boas as sacadas que o John teve, os quotes maravilhosos e uma verdadeira história de lição de vida. Ele foi genial! A narrativa é leve e rápida, como outras obras do autor e apesar da história se tratar de um tema pesado que é o câncer, ele consegue fazer a coisa fluir com "naturalidade" e as vezes com humor.
Pra quem não sabe, esse livro me inspirou tanto que doei meu cabelo para uma instituição com câncer aqui de BH. Veja mais aqui



Citações Preferidas:

São citações tão incríveis que resolvi fazer um post só pra elas: A Culpa é das Estrelas - #1 Quotes

Outras Capas:


Achei TANTAS diferentes que também fiz um post separado: A Culpa é das Estrelas - #2 Capas


Trailer (o filme será lançado em junho nos EUA, mas tem previsão de estreia no Brasil só em agosto)


Poster (internacional) do filme:

3 comentários:

  1. Acho que vc foi um pouco.... "indiscreta" e "malvada" com os fãs de "The Faut in our Stars" nesse post .... Me decepcionei um pouco ....

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    1. Discordo. Essa é minha opinião sobre o livro. Sei que "The Faut in our Stars" tem muuuitos fãs, mas não tenho que concordar com todos eles. Minha intenção não era decepcionar os leitores da resenha, mas expor a minha opinião sobre a história do livro.

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  2. O meu ponto de vista é mais parecido com o de Bárbara do que o de Jéssica. Gostei do livro desde o começo e me identifiquei muito com a Hazel (embora nunca tenha tido câncer). A personalidade dela é um pouco parecida com a minha e o tipo de humor que ela usa também (tanto que duas colegas minhas que leram o livro disseram isso), mas compreendo o que você quer dizer.

    Não dá pra agradar todo mundo do começo ao fim, você acabou se apaixonando pelo livro no final, mas tem gente que odeia o livro e ainda assim respeito isso. Eu tenho minhas razões para gostar e os outros tem razões para não gostar. É simples, embora não pareça.

    Quanto a indiscrição com os fãs, pela minha parte não sei do que Célia Calvalcanti está falando.

    Bjs,
    http://umlugarsoparanos.blogspot.com.br/

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